No final de novembro, os alunos da escola de referência Natalícia Figueroa (Surubim) participaram da Mostra de Inovações Pedagógicas das Escolas de Referência de Pernambuco. Os professores da UFPE que participam da formação foram conferir o resultado e ficamos todas muito impressionadas com a forma como os alunos se apropriaram dos "uquinhas". Os alunos desenvolveram um projeto maravilhoso sobre sexualidade e usaram vários instrumentos de pesquisa interessantes. Os resultados das entrevistas, por exemplo, foram apresentados em gráficos e o olhar inusitado sobre as obras clássicas ficou muito interessante. Os alunos utilizaram os laptops para realizar uma enquete sobre sexualidade com os participantes. Eles arrasaram colocando o laptop pendurado na entrada do estande com a câmera ligada para visualizar os participantes. Perguntei aos alunos se eles tiveram dificuldade em usar o laptop e a resposta foi afirmativa, por causa dos softwares livres. Eu quis saber quanto tempo eles levaram para se apropriar da máquina e a resposta foi: dois dias! É, o conceito de dificuldade entre os alunos é bem diferente dos professores. Nem preciso dizer que o estande ficou lotado com vários adolescentes de outras escolas querendo responder a enquete e testar os seus conhecimentos sobre sexualidade. O projeto foi desenvolvido ao longo do ano depois de alguns casos de gravidez na adolescência acontecerem na escola. Os alunos trabalharam bastante utilizando diversas mídias e o laptop foi utilizado como uma ferramenta para apoiar a conclusão do trabalho. A tecnologia foi utilizada como meio e não como fim, indicando um excelente nível de apropriação tecnológica. Bom, as fotos já fornecem uma boa pista do que foi o trabalho dos alunos. Parabéns aos professores e alunos de Surubim!
UCA
UFPE - Pernambuco
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Encontro em Canhotinho
por Diana Pessoa
Dá para perceber (logo de cara) que a escola é muito bem cuidada, tem um jardim bem colorido e tudo é muito limpinho e organizado. Fui recebida por Stella (a diretora), Lessa (a multiplicadora) e Ivete (a pessoa da GRE), todas muito simpáticas. A escola tem dois alunos colaboradores, a Larissa e o João Victor que cuidam dos uquinhas, botam pra carregar, entregam aos alunos no momento do uso e recolhem posteriormente. Preparei uma apresentação pra conversar com os alunos e tentei (ao máximo) falar a linguagem deles, comecei explicando que a web era um mundo novo, ou ao menos, um mundo diferente daquele que eles estavam acostumados, expliquei que sempre que nos deparávamos com situações novas ou lugares diferentes a gente precisava de ajuda, fosse de mapas, de instruções, de instrumentos ou pelo menos uma conversa com alguém que já tinha vivido aquilo antes... Tracei um paralelo com saltos de paraquedas (contei que era paraquedista, eles ficaram “loucos”) e mergulhos em alto mar e questionei como eles se sentiriam se deparassem com situações completamente novas e diferentes daquelas que eles já conheciam. Foi aí que eu disse que estava lá para ajudar, pra apresentar novos caminhos, etc. Pedi que eles tivessem cuidado com os uquinhas, pois havia reclamações sobre a falta de cuidado de alguns alunos, lancei desafios para eles voltarem a usar a biblioteca, que eles iriam continuar os trabalhos de construção de texto, resumo, etc. só que iríamos publicar na web através de um blog e que nos comunicaríamos com outros alunos de outras escolas, de outras localidades, eles gostaram muito. Sintetizando as colocações deles, infiro que o fato é que eles amam os computadores, estão deslumbrados (no bom sentido) com a web e se pudessem não largavam eles para nada, pois houve ocasião (na primeira vez que usaram) que eles “esqueceram” do mundo, não pararam pra comer (recusaram a merenda), nem pra beber água e nem pra ir ao banheiro. Pedi pra eles contarem como foi esse dia, foi emocionante! Ivete gravou todos os depoimentos, pois minha câmera já não tinha memória suficiente. “Fechei” com as crianças e dei inicio a um bate-papo com os professores, comecei falando um pouco sobre Web 2.0 e em seguida apresentei varias sugestões de uso do UCA com a Web. Consegui apresentar todas as minhas sugestões e conversar com os professores, juntamente com Stella, a diretora, Lessa, a multiplicadora, Rose, a responsável pelo PROUCA na escola e Ivete da GRE. Extratos:
1.A diretora pediu pra cancelar o acesso ao Orkut e ao MSN porque os alunos estavam fazendo da escola uma lan-house, não se concentravam nas aulas, pois não conseguiam largar os ambientes citados acima e iam na escola em horários aleatórios para usar o uca, o que causou certa desorganização pois não havia pessoas específicas pra “tomar conta”;
2.Todos os professores usam o uquinha em suas aulas, uns mais, outros menos, na verdade senti-os meio perdidos, sem saber direito o que fazer, a maioria do uso é a velha pesquisa em mecanismos de busca. Ficaram encantados com as sugestões de animação e simulação e disponibilidade de atividades online, como por exemplo, o portal RIVED e o blog da escola CAIC Mariano Costa de Joinville; a sensação é que estão diante de uma multi-encruzilhada sem saber direito que caminho devem seguir;
3.Estão aguardando ansiosamente o inicio das atividades dos estagiários que vão auxiliar no uso dos uquinhas.
Combinei de conversar com o Professor Sergio e possivelmente marcar uma nova ida urgente e ficar ao menos uns dois dias, já que as atividades da escola não podem parar.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Um estudante, um computador
A equipe de formação do Programa UCA-PE participou do 3º Seminário Um estudante, um computador, realizado na última quinta-feira. O evento aconteceu na UFPE e contou com a presença de palestrantes da USP, UFRJ, UNDIME Nordeste e Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. A professora Roseli Lopes (USP) apresentou os benefícios do conceito de um equipamento para cada aluno no desenvolvimento da aprendizagem. A professora Maria Helena Jardim (UFRJ), coordenadora do Piraí Digital, relatou o processo de implementação do projeto nas escolas e a necessidade de adaptação no projeto político-pedagógico, incluindo a estrutura curricular. O coordenador do Programa UCA em Pernambuco, professor Sérgio Abranches, apresentou a proposta de formação de professores que está sendo realizada no Estado e os primeiros impactos do laptop educacional nas escolas. Muitas questões foram apresentadas e debatidas, podemos ressaltar os seguintes temas: a adaptação das máquinas para a educação inclusiva, a possibilidade de aquisição dos equipamentos através do pregão do Governo Federal, a necessidade de formação dos professores, a política de inclusão digital nas escolas, entre outras questões abordadas pelos palestrantes e participantes do evento. O seminário foi patrocinado pela Intel e a revista A Rede fez a cobertura do evento que contou com a participação de professores, gestores e representantes da rede pública de educação.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Encontro com gestores
No dia 30 de setembro, foi realizado o primeiro encontro com os gestores das escolas que participam do Programa um Computador por Aluno, em Recife. A ação dos gestores nas escolas é fundamental, somente com a participação e o comprometimento dos gestores será possível garantir o sucesso da implementação de qualquer projeto nas escolas da rede pública. Com a participação da Professora Zélia Porto, dos representantes da Secretaria Estadual de Educação e da equipe de formação da Universidade Federal de Pernambuco, foi possível ouvir todos os gestores envolvidos e verificar os principais problemas com as respectivas soluções encontradas para a implementação do programa. A partir dos depoimentos dos gestores, as equipes da Secretaria de Educação e de formação da UFPE poderão tomar as providências necessárias e redirecionar as estratégias de apoio e acompanhamento aos gestores e professores das escolas.
sábado, 18 de setembro de 2010
UCA Total em Caetés
Relato da Professora Thelma Panerai, uma das professoras responsáveis pela formação e pesquisa do UCA Total em Caetés: O Projeto Um Computador por Aluno (UCA) é um sucesso em Caetés! Os uquinhas estão por todas as partes. Já na entrada da cidade, ao percorrermos as primeiras ruas, podemos avistar adolescentes carregando seus laptops azuis. É surpreendente e emocionante! As escolas não conseguem fechar suas portas em finais de semana, porque os milhares de novos internautas necessitam estar conectados permanentemente. Eles estão dentro das escolas durante o dia e durante o turno da noite. E são muuuuuuitos!Na cidade, há a tal praça com wireless, que agora se denomina Praça da Internet. Nela, vemos diversos grupos de crianças e jovens, sentados, concentrados,hipnotizados, com seus uquinhas abertos, trocando informações e aprendendo com seus companheiros. Isso é simplesmente indescritível! São inúmeros pequenos grupos que rodeiam o local, em constante processo de aprendizagem e/ou interação.No contato com a secretária de educação, soubemos que, em finais de semana, a praça fica completamente lotada. Soubemos também de pais agradecidos que foram expressar alegria por terem tais laptops em casa, onde, anteriormente, só havia ferramentas como enxadas e pás. Para eles, o uso e o domínio dos uquinhas pode significar que seus filhos não pegarão em ditas ferramentas. Eu me arrepiava com os relatos da secretária. Além disso, soubemos de filhos que estão ensinando aos pais, em casa, e de crianças em processo de alfabetização que tiveram sua curiosidade ampliada em relação às letras e, com isso, querem aprender logo a ler e a entender o computador.Observem as fotos, com crianças e os adolescentes uquistas, tanto na praça como no pau-de-arara que estava estacionado ao lado da praça. Sem dúvidas, é o início de uma grande transformação em Caetés, que já recebeu a visita de jornalistas do New York Times e que receberá a visita de jornalistas da Alemanha, na próxima semana. Olééééé! De Caetés para o mundo...
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
UCA em Surubim
Sexta-feira passada visitamos Surubim (professores formadores Ana Beatriz, Dagmar e Paulo Gileno) e ficamos encantados com a escola Natalícia Maria Figueroa da Silva. A escola tem um projeto diferenciado (escola de referência) e funciona apenas com o Ensino Médio em horário integral. A estrutura da escola é excelente, biblioteca, refeitório, sala de informática, espaço para laboratórios, salas de aula amplas e arejadas. O gestor João foi muito atencioso conosco, ficamos impressionados com a sua desenvoltura e domínio sobre o projeto. Ele conhece profundamente a realidade dos seus alunos e da comunidade, trocamos informações importantes sobre a importância do projeto para todos. A rede já está instalada, a estrutura elétrica finalizada e o único problema é a quantidade de computadores (menor do que o número de alunos). Conhecemos a equipe de professores e todos estão muito interessados em aprender e desenvolver ações que destaquem a escola no projeto. Eles estão com muitas ideias boas para operacionalizar o UCA e o nosso maior desafio é formar as redes para compartilhar as boas práticas e os desafios do programa. Voltamos de Surubim com vontade de voltar logo e continuar compartilhando e trocando experiências com todos.